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Ensino Superior no Brasil e no Mundo

domingo, 2 de agosto de 2015

Discursos Insólitos




A construção de textos dos alunos de nosso país inspira cuidados há muito tempo. A concatenação dos pensamentos, aliada à colocação do “preto no branco” (páginas e páginas) deixou a lista de prioridades. Boas letras e boas ideias deram lugar à comunicação feérica e ponto a ponto das twits e posts. Acentuação, ortografia e dicionários estão fora de moda, assim como os dicionários.

O uso correto das palavras se faz cada vez menos presente a partir do uso cada vez mais intenso da internet, particularmente das redes sociais. O uso de textos by USA, onde não existe acentuação gráfica, parece chancelar o desrespeito à norma culta da língua e o uso minimamente aceitável em textos mais formais. O mercado e as salas de aulas são os grandes prejudicados.

Uma questão se coloca: isto é falta de estudo? Resposta complexa. Acredita-se que, aos ignorantes, está reservada a falta de domínio da língua. Portanto, uma baixa escolaridade levaria a um uso pobre e canhestro da nossa (difícil) língua portuguesa. A dificuldade de se aprender as regras gramaticais de uma língua tão difícil nos bastaria para justificar a pobreza de seu uso.

Pura tolice... Os portugueses cultuam sua língua como um patrimônio inalienável. Fazem absoluta questão de fala-la e escrevê-la da mesma forma que um carnavalesco defende sua escola de samba. Inclusive possuem um Nobel de Literatura (Saramago) assim como os argentinos possuem o seu (Borges). Portanto, dificuldade não é sinônimo de incompetência linguística.

As gafes de nossa presidente da (Sereníssima) República já se tornam lendárias. As pérolas linguísticas, desfiadas particularmente quando ela tenta improvisar, machucam o idioma tornado obrigatório pelo Marquês de Pombal após expulsar os jesuítas no século XVIII. Tarefa hercúlea: lembre que a Bolívia, pequeno país vizinho, possui habitantes que utilizam muitos dialetos e virtualmente não se comunicam.

Porém, seu antecessor, curto nas letras, é um prodígio ao microfone. Pouco estudo não deixou que ele se mostrasse arredio ao microfone. Pelo contrário, o ex-presidente Lula se agiganta quando tem um microfone e uma plateia. Assim como um músico, um banquinho e um violão. Sinal que o pouco estudo não faz de uma pessoa (homo ou mulher sapiens) um desastre no uso das palavras.

Olhe que a nossa presidente tem muito estudo. Possui graduação em Ciências Econômicas, realizado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), concluído em 1977. Realizou um mestrado (ainda hoje interrompido) em Ciências Econômicas. Possui também um doutorado (interrompido) nas mesmas áreas. Teria tudo para usar a língua portuguesa em discursos memoráveis. Mas, aparentemente, não sabe fazê-lo.


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Prof. Luiz Augusto ( prof.luau@gmail.com )