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Ensino Superior no Brasil e no Mundo

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

A Empresa Educação



Os comentários sobre a educação passam por vários debates. Um dos que ouvi foi a respeito de que a escola deveria possuía a administração de uma empresa. Já vi pessoas a favor e contra. Não acredito que se chegue a um consenso. Afinal, a educação é um tema de discussões há milênios.

Acredito que me filie aos que não vejam a educação como uma empresa. A escola, fisicamente falando, pode ter essa conotação. Porém, a educação não perpassa, segundo minha opinião, por esse lado. Educar é mais que os bancos escolares e a biblioteca.

A formação de pessoas é uma atividade que não tem uma coisa crucial: não pode falir. A empresa vai à falência, a legislação cuida dela. Os danos são alvo de reparação, pagamentos se realizam, penhoras e se aplicam multas, etc. Quando a educação falha, quem paga?

Quando falha, todos pagam. Não há como reverter. Não há como indenizar. Não há como reparar. O dano se instalou e a desgraça repercute para o país. As pessoas que falharam no processo não serão punidas, pois são muitas e se perdem no tempo. Mas a Empresa-Educação não consegue se recompor.

A gestão escolar, onde os meios se colocarão para que as pessoas se beneficiem do processo ensino-aprendizagem, pode ter uma visão empresarial. Mas isso não se aplica quando o gestor, a pessoa dos números, decide transpor a sala de aula para uma planilha de custos. A educação é um investimento. Um sonho.

Quando se dá importância aos números, não ao processo, falham todos. Os resultados da educação se mostram em longo prazo. O gestor deveria, com muito bom senso, compreender que faz parte de uma engrenagem muito maior. Sua parte é importante, mas não decisiva na educação.

O governo entra como gestor de qualidade. Medindo a educação, mas não de forma quantitativa. Números se enganam, se distorcem, se modificam. Os danos que essa ótica traz para o país é catastrófica. Apenas medir o sucesso aliado à estatística torna a medida muito míope.


Escolas são bens tangíveis. Mas lá ocorre a educação, um bem intangível que se torna concreto quando resulta em progresso de um país.


Professor e Educador Luiz Augusto ( prof.luau@gmail.com )