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Ensino Superior no Brasil e no Mundo

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Exclusão dos Incluídos





Assisti a uma palestra sobre inclusão de estudantes portadores de necessidades especiais. Depoimentos tocantes a respeito da ação da escola e dos professores para com os alunos. Imagens vívidas de ações levadas a efeito por profissionais dedicados. Legado de exemplo para uma pátria educadora (!?). Mais uma ação feita de baixo para cima.

Algumas frases me pontuaram na mente. A ideia de que a inclusão de estudantes com essas limitações é algo feito de forma amadora. Como, aliás, são as ações de qualquer natureza neste país. Como a pátria educadora (!?) é pródiga em leis. Os juristas nacionais já falaram, por inúmeras vezes, que temos boas leis. Mas não sabemos utilizá-las.

                Sempre tive a impressão que nosso país é muito rico. Apesar de uma alta carga de impostos, com retorno mínimo visível para a população. A gestão de nosso país é que muito ruim. Somos amadores em (quase) tudo o que fazemos. A gestão escolar não fica para trás. Um conjunto de leis garante, em nossa pátria educadora (!?) uma série de direitos e ações administrativas. Porém, não se implantam.

                   Vivemos das iniciativas pontuais, de baixo para cima. Muitas vezes capitaneadas pelos professores. Ver rampas de acesso, elevadores para cadeirantes, pisos especiais para deficientes auditivos, divulgação da segunda língua oficial do país, a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Em nossa pátria educadora (!?), tudo, ou quase tudo, é realizado com amadorismo.

                    Estradas? Pontes? Viadutos? A gestão é ruim. Como nossa educação seria bem gerida? A legislação vigente, intrincada e mal costurada, segundo comentários ouvidos por um leigo, não permite um uso eficaz. A pátria educadora (!?), por conseguinte, vai do caminho das boas intenções, mas das más práticas. Inicia com um slogan, se desenvolve em cortes orçamentários e terminará...

 Fica mais uma lição para nossos gestores. Quaisquer gestores. Mais do que recursos orçamentários precisamos de capacidades humanas. Pessoas capazes de levar adiante um projeto que se estenda pelos anos e décadas, qualquer que seja o governo. Impossível? Não. Vejam o projeto das eleições informatizadas. Apesar de várias críticas, resistiu ao tempo e se aperfeiçoa. Um alento.

Prof. Luiz Augusto ( prof.luau@gmail.com )