A
construção de textos dos alunos de nosso país inspira cuidados há muito tempo.
A concatenação dos pensamentos, aliada à colocação do “preto no branco”
(páginas e páginas) deixou a lista de prioridades. Boas letras e boas ideias
deram lugar à comunicação feérica e ponto a ponto das twits e posts. Acentuação,
ortografia e dicionários estão fora de moda, assim como os dicionários.
O uso
correto das palavras se faz cada vez menos presente a partir do uso cada vez
mais intenso da internet, particularmente das redes sociais. O uso de textos by USA, onde não existe acentuação
gráfica, parece chancelar o desrespeito à norma culta da língua e o uso
minimamente aceitável em textos mais formais. O mercado e as salas de aulas são
os grandes prejudicados.
Uma
questão se coloca: isto é falta de estudo? Resposta complexa. Acredita-se que,
aos ignorantes, está reservada a falta de domínio da língua. Portanto, uma
baixa escolaridade levaria a um uso pobre e canhestro da nossa (difícil) língua
portuguesa. A dificuldade de se aprender as regras gramaticais de uma língua
tão difícil nos bastaria para justificar a pobreza de seu uso.
Pura
tolice... Os portugueses cultuam sua língua como um patrimônio inalienável.
Fazem absoluta questão de fala-la e escrevê-la da mesma forma que um
carnavalesco defende sua escola de samba. Inclusive possuem um Nobel de
Literatura (Saramago) assim como os argentinos possuem o seu (Borges).
Portanto, dificuldade não é sinônimo de incompetência linguística.
As
gafes de nossa presidente da (Sereníssima) República já se tornam lendárias. As
pérolas linguísticas, desfiadas particularmente quando ela tenta improvisar,
machucam o idioma tornado obrigatório pelo Marquês de Pombal após expulsar os
jesuítas no século XVIII. Tarefa hercúlea: lembre que a Bolívia, pequeno país
vizinho, possui habitantes que utilizam muitos dialetos e virtualmente não se
comunicam.
Porém,
seu antecessor, curto nas letras, é um prodígio ao microfone. Pouco estudo não
deixou que ele se mostrasse arredio ao microfone. Pelo contrário, o
ex-presidente Lula se agiganta quando tem um microfone e uma plateia. Assim
como um músico, um banquinho e um violão. Sinal que o pouco estudo não faz de
uma pessoa (homo ou mulher sapiens) um desastre no uso das palavras.
Olhe
que a nossa presidente tem muito estudo. Possui graduação em Ciências
Econômicas, realizado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), concluído
em 1977. Realizou um mestrado (ainda hoje interrompido) em Ciências Econômicas.
Possui também um doutorado (interrompido) nas mesmas áreas. Teria tudo para
usar a língua portuguesa em discursos memoráveis. Mas, aparentemente, não sabe
fazê-lo.
Não
acredita na formação acadêmica dela? Consulte seu currículo, disponível na
Plataforma Lattes, que possui uma lista de milhares de profissionais. Veja em: http://lattes.cnpq.br/1357261451494509.
Prof. Luiz Augusto ( prof.luau@gmail.com )
Nenhum comentário:
Postar um comentário