O
Ensino é um processo inserido na Constituição Federal de 1988. Está na famosa
representação dos cinco dedos como Educação. Para todos, pois se transforma em
independência do cidadão perante a sociedade, sua autogestão, sua independência
da ignorância que o mantinha nas trevas da ignorância.
A
Aprendizagem, no entanto, é uma escolha. Não depende do professor, da escola ou
da comunidade. Dá-se nos corações e nas mentes dos estudantes, motivados pela
sede do conhecimento e da vontade de aprender. Move tanto uma pequena criança
como um idoso africano que levava seu neto para uma escola rural.
Tenho
visto uma série de comentários sobre escolas e alunos. Um deles fala que o
aluno é do século XXI, o professor do século XX e a escola do século XIX. A
tecnologia, no geral, e a internet, em particular, levaram o conhecimento
(assim como a tripulação do Capitão Kirk) onde nenhum homem jamais esteve.
Nunca
me esqueço de que a melhor palestra que assisti se realizou por apenas um homem
com o acompanhamento de um simplório microfone (auditório grande e plateia
idem). Estava sentado nessa tarde por obrigação. Mas, aos poucos, o palestrante
desfiou ideias de forma tão encantadora, com tanto conhecimento, que ganhou a
plateia.
Temos
um publico exigente? Sim. A aula deve encantar? Sim. Mas será que um projetor
multimídia e tablets nas mãos são a
resposta para a atenção dos alunos e sua vontade de saber? O processo, para ser
de ensino E de aprendizagem, necessita de parafernália tecnológica?
Paulo
Freire estaria totalmente fora deste mundo. Suas ideias não cabem no século
XXI. Coitados dos adultos na Educação de Jovens e Adultos: ele, e Elvis, estão
mortos. Talvez Elvis ainda viva. Mas Paulo Freire está a sete palmos. Sua
iniciativa não caberia no mundo conectado e facebookeado.
Eu e
muitos outros professores acreditamos que a tecnologia não é um fim em si mesmo,
mas sim um meio para se atingir um fim. A imprensa de Gutemberg trouxe um meio
de comunicar em massa. Isto é, o livro de relíquia passou a objeto de consumo.
Para os que, movidos pela sede do conhecimento, buscaram em suas páginas
(sistema de recuperação ainda insuperável) o saber!
Escolher
o aprendizado não é apenas uma escolha que agregue, obrigatoriamente, o uso da
tecnologia. É um meio que não devemos ignorar, mas não carrega todas as
respostas. O aluno se move pelo que o capta, pelo que o prende, pelo que o
chama, pelo que o seduz, pelo que o faz buscar, cada vez mais, saber o que
significa aquilo que aquele professor fala.
O
objetivo do professor e da escola do século XXI é fazer o que a Igreja Católica
(a instituição) fez durante séculos: mudar a linguagem para chegar ao receptor
sem, no entanto, nunca mudar a mensagem. Os caminhos para os alunos passam pela
compreensão daquele ser que está diante de nós, professores, em sala de aula.
Tecnologia é uma resposta fácil.
Proclamo
a busca pela resposta difícil: como encantar o aluno? Como falar e eles
compreenderem a mensagem? A embalagem pode mudar contanto que o conhecimento se perpetue,
se amplie e se divulgue. Bons alunos merecem bons professores. Bons professores
necessitam buscar os alunos, levando a sagrada missão de ensinar. Aprender? É
com eles.
Professor e Educador Luiz Augusto ( prof.luau@gmail.com )
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