A
Revolução Industrial foi um grande marco na História da Humanidade. Trouxe uma
série de inovações importantes para os povos. Iniciada na Inglaterra,
possuidora de várias condicionantes à época (estabilidade política, riqueza e
mercado) se difundiu por toda a Europa e, posteriormente, para o mundo. Seu
surgimento gerou benefício e malefícios, sabemos, mas o progresso se afirmou.
Acredita-se
que, caso ela possuísse uma data identificável, seria o ponto de mudança da
Idade Moderna para a Contemporânea. O fato de sermos capazes de precisar
claramente a queda da Bastilha nos mostra a importante Revolução Francesa.
Porém, como relata Eric Hobsbawn em seu clássico “A Era das Revoluções”, ambas
(Francesa e Industrial) foram fundamentais para entendermos o mundo como o
temos no século XXI.
O
casal Tofler (Alvin e Heidi) em outro clássico (A Terceira Onda), cuja primeira
edição no Brasil remonta a 1980, mostra que a “Era das Enxadas” deu lugar à
“Era das Máquinas”. Afirma que a mudança de séculos de poder nas terras se
transforma, a partir dessa revolução, em uma nova era para o Homem. Assim, a
fábrica trouxe mudanças irreversíveis na vida das sociedades que se apropriaram
de suas consequências positivas.
Os
Tofler também afirmam na mesma obra que hoje estamos em uma nova “Onda” (a
terceira) marcada pelo surgimento do computador e a tudo que se atrelou a ele,
como a Internet. Estamos na “Era Digital” ou “Era do Conhecimento”. A
informação transita pelas redes digitais, trazendo o mundo ou para nossas mãos,
nos smartphones, ou até mesmo nos
nossos óculos (google glass). O mundo
agora é o que afirmou McLuhan: uma “aldeia global”.
A
princípio pode parecer que o aluno se beneficiou disso. Porém, creio que em
muitos casos isso não é verdade. Muitos alunos se preocupam mais em posts no Twiter e curtidas no Facebook a
utilizar o potencial da nova era de forma mais produtiva. Sobretudo a Geração
Y, totalmente nascida na Era Digital.
Em
sala indago meus alunos sobre o uso do Goggle. Eles usam na maioria de seus
trabalho. O “copiar / colar” é uma praga digital. Não se pensa nem raciocina.
Indago muitas vezes: “quando você trabalha também usa o Google para tomar
decisões que valem seu emprego?” Nunca vi um aluno admitir que usasse. Vão à
legislação vigente ou local de consulta abalizada. Não vão a blogs ou sites
para isso.
Creio
ser preciso ir com mais calma ao acreditarmos que a Era Digital trouxe mais
progresso ao processo ensino-aprendizagem. É preciso a intervenção massiva do
professor intermediando os conteúdos e ajudando o caminhar dos seus alunos em
busca do conhecimento. Assim com o papel existe há milênios e ainda não
encontrou substituto, o professor ainda é um instrumento decisivo na Educação.
Antes ou depois de qualquer revolução.
Professor e Educador Luiz Augusto ( prof.luau@gmail.com )